A verdade sobre o fim do Ant-225 “Mriya”

Por: César A. Ferreira

Dizem que se pode ser morto, assassinado, várias vezes, uma pelo evento fatídico, outras pelo que se dirá de você e pelo que será publicado. Pois tal aconteceu com um avião: o Ant-225 “Mriya”. Estacionado no aeródromo de Gostomel, na cidade de Hostomel, distante cerca de uns 16 km de Kiev, aproximadamente, o Ant-225 foi testemunha de um espetacular assalto aerotransportado perpetrado pelas forças russas, na verdade uma unidade chechena com 200 combatentes. Uma tropa de infantaria, de escol, que desembarca como é natural com limitações de capacidade de fogo, dado que tais tropas priorizam acima de tudo a mobilidade.

Pois… Tal infantaria está sendo acusada de ter destruído o único exemplar em condições de voo do Ant-225, algo que em si é muito improvável, por um motivo muito simples: a função de tropas neste tipo de assalto é capturar e manter o objetivo, não vão “espalhar balas”, ou seja, desperdiçar munição com um mostro aeronáutico. Tanto é assim que foram cercados e alvejados por artilharia, cujas ogivas estavam municiadas com fósforo branco, ou seja, munição incendiária que queima initerruptamente até ao esgotamento. A munição de fósforo branco é por convenção, banida, mas Israel, EUA e aliados, como é o caso da Ucrowermacht tem o uso franqueado, ninguém reclama ou levanta óbices… Passa em branco.

Agora, que o caro leitor sabe que a responsabilidade pela destruição deste afamado exemplar único do Ant-225 foi de responsabilidade da artilharia ucraniana, vem a piada, muito apropriadamente proferida pelo comediante que representa o papel de presidente da Ucrânia, Sr. Volodymyr Zelensky… Disse que o “Mriya” era um sonho “destruído pelos russos” … Bom, alguém avise ao péssimo humorista que este sonho era soviético, O OKB Antonov foi transferido para Ucrânia como uma satisfação para os políticos da então República Socialista Soviética da Ucrânia. Este OKB fora fundado em 1946 na cidade Novosibirsk, Rússia. As lágrimas fingidas do comediante foram reproduzidas mundo afora acriticamente, sendo que no caso brasileiro ninguém se salvou, do grupo Uol ao grupo Globo, passando pelas demais redes ridículas que levam ao ar cenas do jogo “Arma 3”[1] como se fossem verdadeiras.

De fato, deve-se ter cuidado nesta guerra com as fontes ucranianas que falsificam de tudo, duma “manifestação de civis” até as vitórias em campo, totalmente inexistentes. Um exemplo foi justamente Gostomel, onde o batalhão checheno foi liberado por uma coluna blindada russa pouco mais de 24 horas depois. O fato de terem sido obviamente cercados e hostilizados com fósforo branco e mantido a posição é um tributo a sua capacidade, por um lado, bem como da incompetência das forças da Ucrowermacht de outro. Disseram os ucranianos que tinham vencido a batalha e retomado o aeródromo… Agora só resta culpar os russos por algo que fizeram, contando com a ignorância e a leniência da mídia ocidental e por tabela desviar a atenção de mais uma derrota dolorosa, entre tantas.

Nota:

Rede Record e Rede Jovem Pan.

Ucrânia: só resta a farsa

Por César Antônio Ferreira

Após o inicio da resposta russa a Blitzkrieg promovida por Zelensky contra as repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk, as opções para a liderança ucraniana se esgotaram com incrível rapidez… Rapidamente perceberam algo que qualquer mente minimamente dotada teria de ante-mão percebido: de que iniciado o conflito estariam sozinhos, isolados, melhor, abandonados. Da OTAN nem palavra de conforto veio…

Nestas horas, quando o futuro parece sombrio, mentir ajuda, tanto para si mesmo, como para os outros. É o que resta… Os exemplos são vários, vão da construção de um ás fictício aos relatos de vitórias inexistentes…

A mentira mais deliciosa é o tal “Fantasma de Kiev”, alegria dos retardados que fazem a torcida pela Ucrânia nas redes sociais. Este seria um ás, com sete vitórias obtidas inclusive contra caças Su-35, todas elas obtidas com um veterano MiG-29. Acontece que as imagens distribuídas dos feitos foram retiradas do jogo Digital Combat Simulator, produzido pela Eagle Dynamics, recortado e apresentado ao mundo em uma edição que parecia ter sido obtida pela lente de um aparelho celular. Ridículo, pois enquanto distribuía ao mundo esta fantasia a realidade esbofeteava as autoridades ucranianas com o abate de um Su-27 ucraniano sobre Kiev, por conta da sua própria defesa antiaérea [1].

MiG-29 da Força Aérea da Ucrânia, o “personagem” principal da farsa do “Fantasma de Kiev”.

Não só na criação de ases imaginários se detém a propaganda ucraniana, a criação de vitórias falsas também. O mundo viu imagens do espetacular assalto de tropas aerotransportadas russas, que sobrevoaram bairros da cidade de Hostomel em direção ao aeródromo de Gostomel. Este aeroporto foi tomado pelas tropas russas, cuja fração correspondia a de uma companhia (200 combatentes). Pois, as forças da Guarda Nacional da Ucrânia cercaram estes e contra os tais até uso de artilharia fizeram. Não os desalojaram, mas ao mundo disseram que sim, que uma vitória esmagadora tinham obtido, com a morte de todos os paraquedistas russos. A realidade não entanto, tão madrasta, viu que a coluna de blindados que se aproxima de Kiev (Hostomel fica a 15 km da capital) liberou do cerco os soldados de elite russos. Ou seja, o assalto impetuoso russo irá entrar para a história militar e as alegações ucranianas para o anedotário geral.

É preciso dizer que a mídia ocidental para qual o jornalismo se tornou sinônimo de entretenimento contribui em muito para a desinformação generalizada. Não faz muito correspondentes de uma televisão mexicana relatavam um assalto aerotransportado gigantesco na região de Kharkov. Uma enforme frota de Il-76 lançava no ar incontáveis paraquedistas, o céu estava tomado por velames brancos, algo realmente bonito de se ver, se isto pode ser dito de uma operação militar em tempo de guerra, pois… Eram as imagens digitalizadas de um antigo exercício. Esta barriga jornalística, todavia, não chega nem perto da vergonha proferida por redes de televisão brasileiras: Jovem Pan, Record e RedeTV. Todas elas exibiram cenas do jogo “Arma 3”, produzido pela Bohemia Interactive Studio como se fossem imagens reais do conflito. Pode parecer absurdo, mas não é para aqueles que conhecem o nível do jornalismo praticado no Brasil na atualidade.

Como informação é aquilo que realmente interessa, pode-se dizer: as forças ucranianas entregaram sem luta as cidades de Starobelsk e Severodenetsk [2]. Que combatentes chechenos, no valor de uma divisão ligeira (10.000soldados), reunidos para transporte rumo ao front, em voz unida gritaram que “seremos gentis com os prisioneiros ucranianos, mas não com os nazistas”.

Isto diz muito.

Notas:

[1]: Sabe-se hoje que o abate antes atribuído ao “fogo amigo” de uma bateria ucraniana de BuK M1, foi na verdade de responsabilidade de uma bateria do sistema S-400 estacionada na Bielorússia.

[2]: A cidade de Severodenetsk está cercada e teve franqueada a entrada pelo alcaide local, todavia as tropas da “Ucrowermacht” resolveram se entrincheirar em um centro urbano densamente ocupado por edifícios residenciais, escondendo os seus equipamentos entre as moradias civis. Os moradores questionam os soldados sobre este ato, algo que foi flagrado em vídeo.